Quando fazemos uma trilha, há vários fatores que a tornam difícil: galhos, pedras, mosquitos, subidas, mata fechada, etc. Se nós nos irritarmos com cada empecilho, se reclamamos o tempo todo, não aproveitaremos o prazer de fazer uma trilha, a qual só é prazerosa, justamente por suas dificuldades.
Quando nos dispomos a fazer a caminhada por Sabedoria, precisamos ser realistas com o que nos aguarda, e temos que controlar nossas emoções, a fim de que a caminhada deixe de ser algo bom e vire algo pesado e enfadonho, tanto para nós mesmas, quanto para os que nos rodeiam.
Provérbios nos fala sobre a nossa capacidade de causar confusão, de sermos briguentas.
“Melhor é viver num canto sob o telhado do que repartir a casa com uma mulher briguenta.” (Provérbios 21:9)
“Melhor é viver num canto sob o telhado do que repartir a casa com uma mulher briguenta.”(Provérbios 25:24)
A palavra traduzida aqui como briguenta, tem a ideia de causar contenda, briga, disputa. É a mulher que transforma em briga tudo, que se mostra descontente com tudo, que sente a necessidade e controlar, que tem mais facilidade em reclamar do que agradecer.
Pode ainda, carregar a ideia de ira, nos lembrando do nosso estudo sobre o assunto, quando discorremos sobre a necessidade de não dar vazão a nossa ira, e como nos cabe controlar a nós mesmas quando a ira surge.
O comentário Moody apresenta mais um complemento, e não o fechamento da questão, dizendo o seguinte:
“As contenções da esposa. Esses provérbios sobre a mulher contenciosa às vezes evocam risadas. Os versículos com palavras semelhantes se encontram em 21:19; 25:24; e 27:15. Temos aqui a impressão de que o gotejar contínuo de um telhado esburacado é como uma mulher resmungona. Mas a palavra hebraica para contenções não se refere a resmungar. O pecado ao qual se faz objeção é declaradamente a ira. A mesma raiz se usa para “discórdia”. Muito se tem dito da ira nos homens. Estes versículos protestam contra o mesmo vício nas mulheres.” (Comentário Moody)
Provérbios faz uma comparação interessante, que nos faz entender o quão penoso é conviver com uma pessoa assim:
“O filho tolo é a ruína de seu pai, e a esposa briguenta é como uma goteira constante.” (Provérbios 19:13)
“A esposa briguenta é como o gotejar constante num dia chuvoso; detê-la é como deter o vento, como apanhar óleo com a mão.” (Provérbios 27:15,16)
A mulher briguenta (rixosa) é comparada a uma goteira que não para nunca. Você já passou por essa experiencia?
Quando se tem uma goteira dentro de casa, a princípio, ela não incomoda, mas com o passar das horas e dos dias, o barulho das gotas se torna irritante e enlouquecedor. Assim é conviver com quem briga o tempo todo.
O sábio ainda nos fala que é difícil, praticamente impossível de lidar com uma pessoa assim: “detê-la é como deter o vento, como apanhar óleo com a mão.” Olhe que expressão forte e triste.
Esse conselho nos indica a necessidade de domínio próprio que precisamos ter diante das nossas emoções, para que elas não cheguem ao ponto de cauterizar nossas mentes e nos tornarmos esse “vento”, ou esse “óleo” que ninguém pode conter.
Provérbios ainda fala da amargura que costuma acompanhar a mulher briguenta:
“Melhor é viver no deserto do que com uma mulher briguenta e amargurada.” (Provérbios 21:19)
É importante essa associação de Amargura e Contenda. Nós, mulheres, temos uma grande facilidade em criar raízes de amargura em nossas almas, já falamos sobre isso em nosso estudo. Mais uma vez, reforçamos aqui a necessidade de buscar curas emocionais em nossas vidas, para que nos tornemos pessoas agradáveis, que vivam em paz e que se alegrem diante da graça de Deus sobre todas as áreas de nossa vida.
Dar vazão a nossa contenda a fim de querer nossos direitos, ou punir quem nos magoa não cura nossa alma, apenas aumenta a ferida. Mulheres sábias entendem que Deus é soberano, que ele julgará nossas causas e pode curar amarguras enraizadas em nossa alma.
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